Buenos Aires, Argentina - March 3, 2016: Employees of the Ministry of Environment and Public Space fumigate for Aedes aegypti mosquitos to prevent the spread of Zika virus and dengue fever in park.

 
 

Paraná registra mais dois casos de febre amarela; desta vez, na Grande Curitiba

 
 

O Paraná chegou nesta semana a três casos de febre amarela. Segundo boletim divulgado nesta quinta-feira (7) pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), dois novos casos foram confirmados nesta semana em Adrianópolis, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), e se somam ao caso que já havia sido registrado anteriormente em Antonina, no litoral do Paraná – o município, inclusive, decretou situação de emergência recentemente.

Um dos moradores de Adrianópolis que pegaram a doença está internado em São Paulo – o município da RMC faz divisa com o estado paulista, onde a doença vive um surto desde o ano passado -, enquanto o outro apresenta uma forma mais leve da febre e está sendo tratado no próprio município. Já o jovem de 21 anos de Antonina foi internado no Hospital Regional de Paranaguá e já foi liberado.

No total, o Paraná investiga a notificação de 38 casos, mas 25 já foram descartados pelos exames de laboratório (além dos três casos confirmados). De acordo com a Sesa, a eclosão de alguns casos de febre amarela já era esperada por conta da proximidade do estado com áreas infestadas pelo mosquito transmissor em São Paulo. Por isso, a Secretaria pede para que a população procure as unidades de saúde para tomar a vacina contra a doença, única forma de evitar a infecção (lembrando ainda que a vacina demora dez dias para começar a fazer efeito).

Após a morte de quatro macacos por febre amarela na região de Antonina e de ter sido constatado o primeiro caso em humano no município, o prefeito José Paulo Vieira Azim (PSB) decretou Situação de Emergência em Saúde. De acordo com o Secretário Municipal de Saúde, Odileno Garcia Toledo, 95% da população com até 59 anos de idade já foi imunizada, mas a medida foi necessária para ampliar o índice de vacinação entre os mais velhos e também a conscientização da comunidade.

“Desde quando começaram os casos suspeitos de febre amarela o município tomou todas as providências para imunizar a população. Entramos em alerta em 28 de janeiro e a população não tomou providências para eliminar os focos do mosquito, não deram muita importância. Como essa situação requer um cuidadomais especial, o prefeito resolveu decretar (situação de emergência)”, explica Odileno. “ Depois do decreto o pessoal ficou assustado e começou a tomar algumas providências”, complementa.

Ainda segundo ele, a expectativa é que em 20 dias os focos de mosquitos que transmitem a doença sejam eliminados da cidade. É que com o decreto haverá intensificação, em caráter de urgência epidemiológica, do combate aos focos pela equipe de entomologia e da vacinação contra a doença nas Unidades de Saúde da Família e nos Postos de Saúde, que estão funcionando das 8 às 17 horas. Além disso, a vacinação foi estendida para adultos acima de 59 anos.

Carnaval de Antonina não será afetado, garante Prefeitura
Ainda segundo a Prefeitura de Antonina, apesar da recente situação de emergência em saúde, o Carnaval de Antonina segue com sua programação normal. Aos interessados em visitar o município o recomendado é que busquem se vacinas antes de se deslocarem até a cidade, sempre lembrando que a vacina leva cerca de 10 dias para começar a fazer efeito.

“Em 2016 tivemos um surto de dengue e o pessoal veio (para o Carnaval). Não estamos em surto ou epidemia, o decreto é um alarme para a população, para gente dizer: se imunizem, febre amarela tem vacina. O Carnaval vai acontecer e acho que não tem nada que atrapalhe. O decreto foi feito, mas pode ser revogado se estiver tudo resolvido antes do prazo. Não vejo motivo para assustar as pessoas, estamos em alerta”, comenta o secretário de Saúde de Antonina.